quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Hoje eu vou postar um texto que recebi por e-mail, trata-se de uma explicação clara sobre o que é religião e o que é viver para Jesus, são coisas diferentes e o pastor Ed René Kivitz exemplifica de forma que não deixa dúvidas, acredito que este texto ajuda para que possamos ter mais paciência com os 'religiosos' e também a não deixar de seguir a Jesus, cada qual a seu modo.
Além da questão do respeito este tema é importante porque acredito que uma vida sem fé é muito difícil e não podemos enfraquecê-la por conta de pessoas que a entendem de forma diferente. A sua fé não depende da fé dos outros e muito menos do conceito alheio.

"LUCIDEZ DE UM PASTOR EVANGÉLICO


O texto abaixo é de Ed René Kivitz, cristão, pastor evangélico, refere-se ao episódio envolvendo os jogadores do Santos numa visita ao Lar Espírita Mensageiros da Luz, que cuida de crianças com deficiência cerebral, para entregar ovos de Páscoa.

Uma parte dos atletas, dentre eles, Robinho, Neymar, Ganso e Fabio Costa, se recusaram a entrar na entidade, e preferiram ficar dentro do ônibus do clube, sob a alegação de que eram evangélicos e não entrariam num local fundado e dirigido por Espíritas.
Diz o texto do pastor:

Os meninos da Vila pisaram na bola, mas prefiro sair em sua defesa. Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles.
O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso, cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica na superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.
A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé.
A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e de cada uma das tradições de fé.
Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno, ou se Deus é a favor ou contra a prática do homossexualismo, ou mesmo, se você tem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião.
Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião.
Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião.
O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância. A religião coloca de um lado os adoradores de Alá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda, e por aí vai. E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixem de existir, enquanto outros, e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio, através do assassinato em nome de Deus , ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus.
Mas quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas.
Quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz.
Os valores espirituais agregam pessoas, aproximam os diferentes, fazem com que os discordantes no mundo das crenças se dêem as mãos, no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião. Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus.
Quando você vive no mundo da espiritualidade, que a sua religião ensina, ou pelo menos deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que sofre a tragédia e a miséria de uma paralisia mental."

Ed René Kivitz, cristão, pastor evangélico, e santista desde pequenininho

Boa semana. Adriana





    

Um comentário:

  1. Gostei do texto. Acredito tambem que o respeito pelo proximo acabaria com essas diferencas.
    Falo isso porque as pessoas nao agem mais com o coracao. Sao poucos os que se doam por inteiro. No caso dos jogadores, acredito que fazem isso apenas como marketing e nao com boa fé. Eles foram massacrados pela imprensa por essa atitude, quando na verdade isso deveria ser feito de coração, sem cameras, sem alarde, somente por boa vontade de felicitar ao proximo, principalmente nos casos desses necessitados.

    Devemos nos convencer a ajudar mais, criticar menos e principalmente respeitar as pessoas independente de nossas diferenças, religiosas ou não.



    Leonardo Zanni

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