quarta-feira, 30 de maio de 2012

Conectados 24 horas

Eu estava observando a atitude das pessoas diante dos celulares, independente da idade parece que as pessoas estão viciadas em olhar para o celular o tempo todo, os mais jovens dizem que estão se socializando, os mais velhos trabalhando, tudo bem, mas será que não estão exagerando, principalmente quando estão diante de uma pessoa e não dão atenção necessária a esta porque ficam o tempo todo se comunicando com outra por mensagem?


Acredito na importância e em alguns casos na necessidade da tecnologia, entendo que sem ela não teremos mais tantas facilidades, mas discordo desse comportamento de não ter limites em relação a estar de fato com quem esta ao seu lado naquele momento. Além de falta de educação parece desinteresse.

Entendo que esse comportamento pode ser um problema porque reforça a idéia de algumas pessoas de ter tudo, não abrir mão de nada, não precisar escolher com quem estar, mas ocorre que usufrui pouco de cada momento com cada pessoa.

Não sei até que ponto este tipo de socialização é positivo, pois socializar envolve convivio, atenção, interesse, não simplesmente estar de corpo presente, responder uma questão ou outra porque algumas passam despercebido já que estava conectado a outra pessoa. Talvez a definição de socialização esteja se modificando, mas não acredito que seja para melhor. Afinal encontros superficiais não dão bons resultados ou podem romper relações.

A maneira como cada um escolhe lidar com a tecnologia é pessoal, mas seria bom observar e repensar até que ponto ela ajuda. Questionar se há excesso ou se é a ocasião mais adequada pode evitar desatenção, desinteresse e desrespeito.

Boa semana. Adriana



quarta-feira, 23 de maio de 2012

A função do mal

É muito comum o ser humano querer ser o bonzinho da estória, muito comum ter dificuldade em falar não para as pessoas, muito comum acusar ou julgar as coisas ruins que os outros fazem, comum sentir-se injustiçado ou vitimado. Mas até que ponto as coisas ruins são tão ruins assim?


Muitas vezes as coisas ruins acontecem para nos alertar de algo ruim que nós estamos fazendo ou é conseqüência de algo ruim que fizemos e não nos damos conta. Pessoas tem atitudes ruins conosco e não percebemos que às vezes são só um troco do que já fizemos à ela sem perceber...ou a atitude ruim da pessoa nos leva a mudar de emprego, de casa, de atitude e no fim foi a melhor coisa que podia ter nos acontecido. Então esta é a função do mal, ou seja, nos mobilizar ou modificar algo para melhor.

O que nos impede de perceber a função do mal ou de entender seu lado positivo é o fato de querermos as coisas do nosso jeito, da forma como concebemos idealmente, acontece que podemos escolher errado, podemos querer algo que não é tão bom como pensamos, mas admitir isso é muitas vezes difícil e complicado então não enxergamos perdas, palavras duras, obstáculos como coisas boas, enxergamos só o lado mau.

Quando o mal se esconde fica mais difícil enxergar o bem, pense em quando esta tudo bem na sua vida, você dá o real valor as coisas que já tem ou fica procurando algo mais ou se queixando do que tem? Pois é, se algo ruim estivesse acontecendo você tentaria se agarrar as coisas boas que já tem.

Quando uma pessoa se incomoda muito com as coisas erradas que acontecem ou com atitudes que ela acha errado dos outros é porque ela esta querendo ser sempre boazinha, exemplar, melhor do que os outros, evidentemente ela não acha isso pensa só que tem razão, mas como já disse em outro texto, ter razão não resolve a questão e ter atitudes e fazer escolhas é uma decisão pessoal, se você quer ser bonzinho é escolha sua, nem todos querem ou concordam nas mesmas coisas.

O fato é que precisamos olhar para as coisas ruins enxergando seu lado positivo, na maioria das vezes só mudamos algo quando algo ruim acontece e só depois percebemos que o mal veio para o bem.

Temos o exemplo do universo infantil, as crianças percebem que é melhor ser o herói do que o bandido porque podem escolher entre os dois, quando só existe o lado bom a fixação do que isso significa não é tão evidente, ver o mal é o que dá ênfase a escolha pelo bem. Se somente o bom exemplo garantisse resultado não haveria pais bons com filhos desviados.

Desde que o mundo existe o mau existe e serve de equilíbrio para o bem, até porque o ser humano tende a acomodação e quando tudo esta bem ela pouco se empenha em melhorar. Todos os avanços que existiram e acontecem hoje são alcançados com o intuito de superar alguma dificuldade, com a intenção de melhorar a vida de modo geral, portanto se não fosse o mal não haveria porque procurar o melhor.

Existe também o lado mal em cada um de nós que nem percebemos ou negamos, quanto mais você nega menos resolve porque não lida com isso e só o deixa continuar existindo, só quando admitimos que também fazemos coisas ruins podemos melhorar. Essas coisas ruins são julgamentos, maledicência, acomodação, inveja, raiva, preconceito, acusação, coisas tão comuns que nem parecem tão ruins assim, mas são essas que minam a melhora do ser humano porque as grandes maldades são vistas e punidas.

Sei que este assunto é difícil, pois machuca a ferida de cada um, mas não há cura sem tratamento.

Boa semana. Adriana











quarta-feira, 16 de maio de 2012

Aprendendo sempre

De acordo com Arthur da Távola existem “coisas que você aprende depois dos 40” anos, mas eu acredito que a gente pode aprender antes. Abaixo segue o texto que são frases de reflexão.


"Amor não se implora, não se pede não se espera...

Amor se vive ou não.

Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.

Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para mostrar ao homem o que é fidelidade.

Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.

As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.

Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.

Água é um santo remédio.

Deus inventou o choro para o homem não explodir.

Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.

Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.

A criatividade caminha junto com a falta de grana.

Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.

Amigos de verdade nunca te abandonam.

O carinho é a melhor arma contra o ódio.

As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.

Há poesia em toda a criação divina.

Deus é o maior poeta de todos os tempos.

A música é a sobremesa da vida.

Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.

Filhos são presentes raros.

De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças acerca de suas ações.

Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que abrem portas para uma vida melhor.

O amor... Ah, o amor...

O amor quebra barreiras, une facções, destrói preconceitos, cura doenças...

Não há vida decente sem amor!

E é certo, quem ama, é muito amado.

E vive a vida mais alegremente..."

Recebi este texto por e-mail e veio identificado como:
“Smile”
Madeleine Peyroux

Boa semana. Adriana





quarta-feira, 9 de maio de 2012

SER mãe

Existe diferença entre ser mãe e ter filhos. A maioria das pessoas concorda com a frase, mas nem sempre identifica que não esta vivenciando a função materna tão bem assim. É difícil nos dias de hoje ser boa mãe, boa funcionária, boa esposa, boa dona de casa, boa filha etc...por isso é importante refletir o que você vem fazendo para seus filhos e principalmente, de quantos filhos você dá conta?


Algumas pessoas dizem onde comem três comem quatro, na prática não é bem assim, atualmente então nem se fala, porque precisamos colocar filhos na escola particular para ter um ensino um pouco melhor, quem trabalha precisa colocar o filho na creche pelo menos meio período ou pagar uma babá e assim por diante, então quem pode arcar com todas essas despesas para mais de um ou dois filhos? Se é que você quer que seu filho tenha uma vida no mínimo razoável.

Agora se você quer que seu filho tenha uma vida boa, saudável, alegre pense quantas horas precisa trabalhar, com quem ou onde ele vai ficar, onde vai estudar, que valores você quer passar para ele (não valores de escola, televisão, vizinhos)então quanto tempo precisa disponibilizar para ele?

As pessoas falam que se preocupam com isso, mas na prática, a maioria estuda em escola sem grande destaque, fica pouco tempo com os pais, assisti muito à televisão ou passa muitas horas computador, ou seja, por mais que isso seja natural, é pouco, pois as crianças precisam de mais. E quando os pais tem mais de um filho a coisa tende a piorar, tudo vai sendo feito de forma automática, acontece e dizem que: “no fim tudo dá certo”.

Não é isso que eu vejo, não é essa realidade que chega ao meu consultório. O que chega são pais desorientados sem saber onde erraram ou estão errando porque não se deram conta de que criança precisa que você tenha atenção no que está falando, como está falando, o que está fazendo. Viver simplesmente e achar que isso garante a criação dos filhos é viver por viver e não viver para ser mãe (e pai).

Mãe observa, sente, orienta o que o filho esta fazendo, dizendo, entendendo. Mãe é presente nas atividades que são importantes para a criança (e não naquelas que ela acha que são importantes). Mãe sabe que o filho antes de ser filho é ser humano e precisa ser educado para viver em sociedade. Mãe sabe que o filho cresce e para que o crescimento seja saudável ela cresce junto, não fica tratando-o como bebe quase o tempo todo.

Ser mãe não é fácil, o amor pelos filhos é natural, não precisamos de esforço para senti-lo, mas ser mãe é muito mais do que amar. Só o amor não garante uma boa educação, não garante o futuro do filho. SER mãe implica trabalho, atenção e disponibilidade em olhar para si mesma e entender porque você educa seu filho desta ou daquela maneira. Ser mãe é saber que sua função materna muda de acordo com a idade do seu filho, cada fase, cada etapa ele precisa de um tipo de atenção e você está atenta a isso?

Importante ressaltar que ninguém nasce sabendo ser mãe, aprendemos com os filhos e olhando para a nossa infância. Erros são comuns e normais, mas não podem ser persistentes, contínuos, isso sim acarreta dificuldades para a criança. E o que garante que erros sejam passageiros ou momentâneos é a atenção que você dá a sua função materna.

Lembre sempre do verbo SER mãe, para ser precisamos construir, para construir precisamos de diligência, atenção, carinho, disponibilidade e atualização. As crianças hoje são muito diferentes da criança que nós fomos, é necessário acompanhar a geração delas para desempenhar uma boa função materna.

Feliz dia das mães, para todas, porque nunca é tarde para consertar relações onde existe amor.

Boa semana. Adriana









quarta-feira, 2 de maio de 2012

Conviver ou não conviver...

Recebo muitas perguntas de como conviver e lidar com as pessoas que não entendem, não aceitam ou não respeitam seu jeito de ser e viver.


Primeiro é importante ressaltar que existe uma diferença entre lidar com as pessoas, que é você ter um relacionamento próximo, saudável, de compreensão e esforço para a com a pessoa e vice-versa para melhorar e conhecer esse relacionamento. Conviver é simplesmente estar perto da pessoa, é conversar sobre amenidades, não ter expectativa quanto a compreensão dela com você e as vezes nem respeito sobre duas posições e modo de vida.

Portanto primeiro precisamos identificar qual o grau de proximidade da pessoa conosco, aquelas que são nosso sangue temos no mínimo a obrigação de lidar, ou seja, de compreender e nos esforçar para ajudar ou estar disposto a deixar coisas pra lá.

Em casos muito complicados partimos para a convivência somente, onde você tem a postura de escolher assuntos para não criar clima, estar próximo em situações realmente importantes ou necessárias, nestes casos é importante ter consciência de que quando temos um familiar que não respeita seu jeito de ser foi ele quem se afastou de você e não você dele. Escolher atitudes diferentes não consiste no problema, na verdade o que gera problema é não respeitar a escolha do outro e querer impor a sua escolha ao outro.

Casos com familiares são sempre mais complicados porque existe o afeto, costumamos achar que tudo sempre tem de estar bem, infelizmente não é assim. Precisamos encarar o fato de que as pessoas são diferentes e isso deveria acrescentar coisas a sua vivência e não afastar as pessoas umas das outras. Também é importante lembrar que as suas expectativas em relação a pessoa deve ficar para trás, não leve comentários para o lado pessoal nem entenda como indiretas ainda que sejam, evite assuntos geradores de conflito, enfim você respeita o outro apesar dele não fazer o mesmo, pelo menos você se aborrece menos.

Agora se isso é muito difícil para você é fundamental entender porque você tem essa necessidade de querer que tudo sempre fique bem? porque todos tem que pensar, sentir e agir do mesmo modo? Não aceitar as diferenças individuas, de escolhas, crenças e opiniões também é querer impor seu jeito ao outro, também é falta de respeito quanto ao direito que o outro tem tanto quanto você.

Agora com as pessoas mais distantes como colegas de trabalho, vizinhos, parentes agregados à família entre outras pessoas mais distantes, você pode simplesmente conviver, ou seja, não crie expectativas, respeite o jeito da pessoa ela no mínimo terá da fazer o mesmo, seja educado, não crie clima ou situações que criem problemas, ou seja, fique na sua. Muitas vezes o que complica as coisas é você querer ser bonzinho, legal, apaziguador, simpático, conciliador ou coisa parecida. Basta não criar situações, não queira .

Ressalto que cada caso é um caso, cada pessoa tem mais facilidade ou dificuldades na convivência e relacionamento e tudo depende da maneira como você vê a vida, como você entende os relacionamentos e principalmente das expectativas que você cria em relação as pessoas. Por isso é extremamente importante você olhar primeiro para você mesmo e depois para os outros.

O assunto é vasto, tenho muito mais a dizer, mas o espaço é pequeno, então vou falando aos poucos. Qualquer dúvida mande por e-mail.

Boa semana. Adriana