sábado, 14 de setembro de 2013

O Universo é o eco das nossas ações e dos nossos pensamentos

O Universo é o eco de nossas ações e nossos pensamentos
 
Breve diálogo entre o teólogo brasileiro Leonardo Boff e o Dalai Lama.

Leonardo Boff explica:

"No intervalo de uma mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos, na qual ambos (eu e o Dalai Lama) participávamos, eu, maliciosamente, mas também com interesse teológico, lhe perguntei:

- "Santidade, qual é a melhor religião?"

Esperava que ele dissesse:
"É o budismo tibetano" ou "São as religiões orientais, muito mais antigas do que o cristianismo."
O Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, me olhou bem nos olhos
- o que me desconcertou um pouco, por que eu sabia da malícia contida na pergunta - e afirmou:
"A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus, do Infinito.
É aquela que te faz melhor."

Para sair da perplexidade diante de tão sábia resposta, voltei a perguntar:
- "O que me faz melhor?"
Respondeu ele:
-” Aquilo que te faz mais compassivo, aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável... Mais ético...
A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião..."

Calei, maravilhado, e até os dias de hoje estou ruminando sua resposta sábia e irrefutável...

Não me interessa amigo, a tua religião ou mesmo se tem ou não tem religião. O que realmente importa é a tua conduta perante o teu semelhante, tua família, teu trabalho, tua comunidade, perante o mundo... Lembremos: "O Universo é o eco de nossas ações e nossos pensamentos”. A Lei da Ação e Reação não é exclusiva da Física. Ela está também nas relações humanas. Se eu ajo com o bem, receberei o bem. Se eu ajo com o mal, receberei o mal. Aquilo que nossos avós nos disseram é a mais pura verdade: "terás sempre em dobro aquilo que desejares aos outros". Para muitos, ser feliz não é questão de destino. É de escolha.
 
Leonardo Boff



As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importância faz se seguimos por caminhos diferentes, desde que alcancemos o mesmo objetivo?
Mahatma Gandhi


Boa semana. Adriana

sábado, 17 de agosto de 2013

O poder das palavras ou boa comunicação


Falar é tão corriqueiro que não precisamos pensar para falar, mas se prestarmos atenção veremos que muitas situações e sentimentos podem ser evitados ou conquistados com o poder das palavras.
As palavras criam a situação que vivemos, já que nem tudo que dizemos é completamente compreendido pelo outro, porque cada palavra tem memória e esta é diferente para algumas pessoas. Portanto nem tudo que se quer dizer chega ao outro exatamente como pensamos.

Daí é que surgem mal entendidos, chateações, discórdias entre outras situações desagradáveis. Sendo assim, podemos usar o poder das palavras para criar uma realidade de harmonia, satisfação, alegria e afeto.
 Observe o que você fala, pode parecer bobagem, mas desde que nascemos ouvimos determinadas frases que foram pronunciadas por pessoas importantes para nós e isto faz com que fiquem gravadas em nossa memória, esta memória influencia nosso comportamento atual. Agimos de acordo com o padrão registrado em nossa mente, mas depois de observadas perceberemos quais palavras podem ser substituídas e assim nos comportarmos de forma mais leve.

Sempre podemos ser agradáveis, alegres e solidários com as palavras, importante é ser sincero e respeitoso para com a condição e necessidade do outro. Importante também é pensar se você gostaria de ouvir o que vai dizer, afinal a palavra é uma via de mão dupla, o que você fala ecoa e volta à você.
Tem um ditado que não me recordo o autor que diz: “Se você não gosta do que está ouvindo, observe o que esta emitindo”.

O ato de falar é sempre para o próximo e não para nós, falamos para alguém, por isso acredito que é necessário ter o cuidado de se expressar bem e com educação, se queremos ser bem entendidos é necessário se empenhar nisso. O que precisa ser dito a nós mesmos vem dos outros ou quando você fala de você, da sua situação para o outro, geralmente percebe muitas coisas que ajudam a rever sua postura, pensamento e atitude.
O falar sobre si e seus problemas ou conquistas é terapêutico, tanto que é a principal ferramenta da terapia.

Escrevi tudo isso porque acredito que é tempo de olharmos para nossas atitudes habituais com mais atenção, estamos num momento de transição e talvez de transformação para uma sociedade mais humana e centrada. E nela a boa comunicação é essencial.
Boa semana. Adriana 

quinta-feira, 18 de julho de 2013

PROGRAMA DE ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DA VIDA


Este Programa tem como objetivos: controlar a ansiedade, organizar o tempo,            administrar as finanças e identificar prioridades, além de autoconhecimento.
Com este Programa você consegue administrar sua vida e seu tempo de forma eficaz e satisfatória.

Atualmente é comum sentirmos que o tempo passa mais rápido, na verdade, nós é que temos ou arrumamos muitos afazeres ao mesmo tempo, já que o dia continua tendo 24 horas.

Além é claro dos consumidores do nosso tempo como internet, celular, trânsito, entre outras coisas.

Por isso, muitas vezes só sentimos que algo está por fazer, que não damos conta de tudo, que deveria ou poderia ter feito outras coisas mais interessantes. Gostaríamos que fosse diferente, mas para se adaptar ao ‘ritmo das coisas’ nos conformamos e reclamamos um pouco só. Em meio à rotina não percebemos que podemos mudar pequenas coisas ou simplesmente organizá-las de outro jeito e conseguiremos arrumar mais tempo ou pelo menos não ter a sensação de estar sempre atrasado...

Algumas pessoas acabam somatizando doenças, outras apresentam transtornos de ansiedade, alguns realmente adoecem porque o corpo, a mente ou o emocional não suportam tanto tempo diante de situações que na verdade não queremos enfrentar.

Como nem tudo pode ser deixado de lado e nem tudo pode ser mudado, o Programa auxilia na administração destas situações e possibilita uma convivência mais amena com rotinas pouco agradáveis.

O Programa de Organização do Tempo e da Vida tem duração de 8 horas, agendadas, sendo cada encontro de 1 ou 2 horas, de acordo com a disponibilidade do cliente e da consultora. Caso exista interesse em aprofundar questões apresentadas durante o Programa, estende-se o atendimento para resolver as questões.

Para mais informações e agendamento contate ababpsico@gmail.com

 Boa semana. Adriana

 

 

 

   

terça-feira, 11 de junho de 2013

Época de mudanças


Não são poucas as pessoas que ultimamente comentam sobre a maneira das pessoas se comportarem atualmente, se queixam que as pessoas estão sempre com pressa, que só pensam em si mesmas, que não tem mais educação e respeito, mas o que eu observo é que além disso, infelizmente, de repente estamos fazendo a mesma coisa, ainda que em situações diferentes.

Por exemplo, hoje nos pegamos fechando o vidro do carro no farol quando vimos alguém ‘suspeito’, nem sabemos o que a pessoa pode querer, mas o medo da violência nos faz fechar o vidro na cara da pessoa. Também acontece de termos pouca paciência no trânsito se estivermos atrasados e dirigimos de modo que não é o habitual, se estamos no celular nem cumprimentamos o porteiro...e assim é hoje, todos reclamando uns dos outros sem se dar conta que também fazem parte do time, mesmo que esporadicamente.

Além disso tem uma questão que eu observo que é a forma mais comum das pessoas se comportarem hoje que se refere ao fato de acharem que sempre tem razão e merecimento de tudo, não importam os detalhes, sempre há desculpas, não é necessário esforço, parece que todo mundo pode tudo quando se refere a si mesmo e nenhum outro tem direitos. Tudo só tem um lado, o da pessoa, obviamente.

Outra questão é sobre quem quer as coisas bem feitas ser taxado de chato, porque querer tudo corretamente hoje deixou de ser exigência de qualidade é somente chatice.

Quanto aos relacionamentos amorosos ouvimos as pessoas dizerem que é difícil encontrar alguém, mas a maioria se defende, não fala o que realmente quer (relacionamento sério) espera sempre do outro a compreensão, a paciência e a quase perfeição, ou seja, dizem que querem uma coisa e não se comportam para tê-la. É tão fácil encontrar pessoas disponíveis que tentar um pouco mais, se esforçar para entender o outro tornou-se perda de tempo.

Não acredito que esses comportamentos são melhores ou piores do que em outra época, na verdade, cada época tem suas peculiaridades e existem as boas e as ruins. O que me chama à atenção é o fato da incoerência, como podem estar achando ruim e continuar como se nada fosse?

O que percebo é que agem de acordo com a massa, de acordo com o que a sociedade ‘espera’, trabalhando muito, fazendo o que quase todo mundo faz, preocupados com o que vão achar disso ou daquilo que fazem, querendo ser modernos e aceitando relacionamentos vazios, entre outras coisas. Quando, na verdade, não querem tudo isso desse jeito. A dificuldade em expor que quer uma vida mais tranqüila, com a família, querendo um relacionamento sério, escolhendo empregos mais perto para ter mais tempo, tudo isso passou a ser visto como acomodação e não escolha de qualidade.

De repente os valores são outros e há muita reclamação e ao mesmo tempo conformismo. Alíás hoje é muito comum as pessoas estarem depressivas por conta de não conseguirem se decidir se fazem o que querem ou se fazem o que esperam que ela faça.

A incoerência faz com que a pessoa viva em conflito, sempre pensando como vai fazer o que quer se acha que precisa estar a altura do que esperam dela. Sinceramente acho que ninguém espera tanto  de ninguém, acredito que muitas pessoas nem pensam em como estão vivendo, agem como se fossem robôs, nem questionam se isso é o que realmente querem, só reproduzem ações e isto em algum momento vai explodir contra a própria pessoa, porque o ser humano não é robô.

Acredito que esta seja a época em que a sociedade está mais alienada. É necessário fazer escolhas, seguir a massa ou seguir o seu desejo, cada qual tem suas consequências. Então antes de adoecer pense: O que é mais importante pra você?  
Boa semana. Adriana

 

 

      

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Vitória


Vitória
 
Vencer os outros não chega a ser uma grande vitória.
Vitorioso é aquele que consegue vencer a si mesmo
combatendo seus vícios e controlando suas paixões.
A vitória sobre nós mesmos é muito mais difícil.
Ela requer mais coragem mais disciplina e mais decisão.
Se você não conseguir na primeira vez tente de novo.
 O simples fato de tentar de novo já será sua primeira vitória.
Te desejo um Dia de Vitória !

Autor Desconhecido

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Aos Pais com Carinho


Depois de ouvir muitas historias de pais e professores percebo que a nossa educação tende a piorar muito se continuar desta forma, ou seja, muitos pais acham que a educação deve ser dada pela escola, mas se queixam quando os filhos são chamados à atenção ou quando perdem pontos porque não entregaram o trabalho na data certa, entre outras situações onde  a função da escola, por meio do professor, é auxiliar no limite necessário às crianças e jovens.

Esta incoerência dos pais em não saber ao certo o que é a educação dada na escola e qual é a educação dada por eles só traz um resultado: crianças e jovens sem limites, sem educação, fazendo o quer e na maioria das vezes tendendo a insegurança, indecisão e sem limites de certo, errado, respeito entre outras coisas.

Frases prontas não são inovadoras, mas “educação vem de berço” hoje em dia seria uma inovação já que a maioria das crianças não recebe educação em relação a respeitar os mais velhos, no caso os professores,  não aprendem a respeitar horários, prazos e regras e quando são cobrados por isso na escola acham que é normal atrasos, acham que tudo pode ser negociado. Acham o professor um chato.  

Evidentemente não podemos entender que o modo educacional antigo onde ninguém podia abrir a boca, nada se questionava e só faltava bater continência é o mais adequado, mas daí a achar  que o professor não tem autoridade nenhuma sobre os alunos deixados a sua confiança tem uma grande diferença.

Em muitos casos tenho a impressão de que alguns pais vêem a escola como um lugar seguro pra deixar os filhos e que de quebra tem uma baba boazinha que vai atender os pedidos dos filhos em seus lugares, já que estes, os pais, estão ocupados.

Só para relembrar a educação que a escola deve dar é no sentido cultural e reforçar a educação moral (respeito, cidadania, bom senso, etc) de convivência (interelação, onde começa o meu direito e onde esta o direito do próximo) e de bons modos (como se alimentar, se vestir, se comportar etc) que deve ser ensinada em casa, entre outras coisas, como cumprimento de tarefas, arrumar a cama, guardar seus pertences, cumprir regra como fazer as tarefas escolares, chegar no horário certo em suas atividades, entre outras coisas.

Hoje tudo tem justificativa, os pais dizem: “Ah, ele estava cansado por causa da aula de natação e por isso não terminou a lição de casa”, “Coitada, a amiguinha ligou bem na hora que ela sai para o colégio então ela perdeu a hora da primeira aula...”.

Cada um cria seus filhos da forma que achar mais correta, mas pense se a maneira que você escolheu é mais correta para o seu filho enfrentar a vida quando ele for crescendo. Fora de casa as coisas são diferentes. Por isso temos tantos jovens envolvidos com drogas, ele acham que tudo tem um jeitinho, não tem maturidade para entender que certas coisas da vida não tem jeito que dê jeito. Outros tem dificuldade de relacionamento porque não sabem respeitar o próximo. Tem ainda os que não conseguem se decidir por nada e vivem mudando de curso, ou começam e não terminam. Tem os que acreditam que tudo cai do céu, quando recebem uma negativa, se revolta, acham a vida injusta. Tem os que se deprimem, se isolam, quase desistem, perdem anos tentando se encontrar.  

A melhor educação é aquela que dosa respeito, limites, boas palavras e amor (entenda-se a forma de o expressar, dando atenção, presença, conversando, abraçando, porque só sentir não resolve) . Não vou dizer que em meio a vida turbulenta que a maioria de nós leva isso é tarefa fácil, mas depois que se escolhe ter filhos temos que arcar com as consequências e a maior delas é: um filho em formação é prioridade. E mais, pode-se ter quem os ajude a criá-los, mas a obrigação é dos pais. Não delegue a educação do seu filho a outros e não deixe de educar para ser bonzinho, depois que as coisas dão errado é muito mais difícil concertar e as conseqüência são arcadas pelos filhos, aí sofrem todos, pais e filhos.  

Boa semana. Adriana

 

 

     

     

quinta-feira, 21 de março de 2013

"Remédio não trata pensamento"

Depois de alguns meses volto a postar textos que espero poder contribuir para o desenvolvimento humano.

Hoje vou repassar um texto que relata uma realidade comum na minha profissão. Geralmente as pessoas acreditam ou querem acreditar que só a medicação resolve. Isto além de perigoso não é verdadeiro quando se trata de questões emocionais e ou práticas.


O texto abaixo é de autoria de Silvia Disitzer, psicanalista e psiquiatra, membro da Escola Letra Freudiana, publicado na revista SimplesMente em janeiro de 2013.

“Remédio não trata pensamento”

“A tarefa clínica nos coloca em contato profundo com o sofrimento do sujeito. Desde o início da minha formação, ainda nos ambulatórios da faculdade de Medicina, me chamava a atenção um fato recorrente: aquilo que era enunciado pelo paciente sobre a sua situação e os seus sintomas tinha mais efeito sobre a evolução de seu quadro do que a informação que recebíamos dos resultados dos exames ou dos procedimentos realizados. Tornou-se evidente que uma escuta atenciosa é fundamental para a melhora clínica, o que me levou posteriormente à psiquiatria e à psicanálise, não necessariamente nesta ordem.

Com os anos, fui percebendo que a diferença entre a prática psiquiátrica e a clínica psicanalítica é abismal. O psiquiatra identifica a doença de seu paciente e acredita saber qual o remédio certo para tratá-la. Já o psicanalista, ao escutar o sujeito, opera sobre matéria bem mais sutil, a cadeia de seus pensamentos, e se coloca a tecer os fios que possam levar seu paciente a tomar as rédeas de sua própria vida.

Seja pela pressão da indústria farmacêutica, seja pela necessidade de criar indivíduos funcionantes, o fato é que a sociedade contemporânea recorre cada vez mais a remédios numa busca rápida e, por vezes, fantasiosa de uma “cura” para a mente. É inquestionável que algumas substâncias psicoativas têm eficácias específicas comprovadas. Os neurolépticos, por exemplo, agem sobre a desordem psicótica aguda e, os antidepressivos, melhoram o ânimo e combatem a irritabilidade.

No entanto, a vivência clínica me leva à constatação de que o pensamento do sujeito é de certa forma “intratável”. A fixidez das ideias na certeza delirante, na persistência dos pensamentos obsessivos e na fantasia histérica ilustra esta observação. É com base nisto que venho consolidando a forte impressão de que remédio não trata pensamento. Que alívio! Afinal, como é possível um medicamento alterar o conteúdo de uma ideia? Como disse Freud: “A ciência moderna ainda não produziu um medicamento tão eficaz como poucas e boas palavras”. Em meio a avanços tecnológicos que criam soluções para quase tudo, é fundamental frisar que a psicanálise continua sendo uma práxis singular, a única efetivamente capaz de tratar e promover alguma pequena e preciosa modificação no campo do pensamento, ou seja, na associação de ideias do sujeito. “

Resumindo, para questões comuns, mas que às vezes, fogem ao controle busque terapia.

Boa semana. Adriana