quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Impaciência

Este comportamento hoje em dia é na verdade um sintoma da atualidade corrida, da pressa e da dificuldade em esperar.


Ocorre naturalmente que algumas pessoas são caprichosas e minadas e querem tudo a seu tempo, mas nem todas são assim e sentem-se impacientes. Isso ocorre devido a muitos afazeres que temos, das horas que parecem passar mais rápido, de tudo que queremos fazer ao mesmo tempo, de muitos pensamentos que rondam nossa mente, das preocupações, enfim do modo de vida que levamos.

Algumas pessoas parecem ter mais paciência, mas nem sempre é o que parece, elas podem somatizar, ou seja, acabam tendo pressão alta, dor de estômago, de cabeça ou outros sintomas físicos que são desencadeados pela emoção contida.

A impaciência aparece também quando estamos em contato constante com pessoas que pensam de modo diferente do nosso, não encontrar saídas e formas de convívio harmonioso também pode causar impaciência.

Resumindo, tudo aquilo que precisamos esperar, elaborar, construir precisa de paciência, tudo tem seu tempo e o fato de não aceitar esse tempo e querer que seja mais rápido causa impaciência.

Para amenizar reflita sobre o seu modo de vida, seus objetivos e desejos e trace um plano que seja mais flexível, que possa ser concretizado com mais calma. Lembre-se de que as diferenças individuais muitas vezes são positivas, elas nos mostram outras formas de ver a situação.

Tenha um tempo para descansar e fazer coisas que te dão satisfação, hoje em dia até a happy hour virou um compromisso...

Se pergunte: pra que e porque estou com pressa?

Estamos vivendo uma época de velocidade, senão acompanhamos temos a sensação de estar ficando pra trás, mas temos que ponderar até que ponto precisamos, podemos e queremos correr. Não escolhemos em que época viver, mas escolhemos como vivê-la.

Boa semana. Adriana

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Tratamento do Deficit de Atenção/ Hiperatividade

“Quanto mais informação e conhecimento você tiver sobre o transtorno do déficit de atenção, mais capacitado estará para compreender toda a sua história de vida e para contribuir efetivamente na elaboração de um tratamento que lhe seja mais eficaz e confortável. É importante compreender como o transtorno afeta a sua vida e a de todos que se encontram ao seu redor.


Apoio técnico

Nada mais é do que criar uma rotina que facilite a vida prática e que seja capaz de compensar, em parte, a sua desorganização interna. Procure seguir os aspectos abaixo:

. estabeleça horários regulares de maior produtividade, de repouso, de atividades físicas e de refeições.
. organize cronogramas em relação às suas obrigações, projetos e lazer.
. crie o hábito de ter uma agenda onde você anote, de véspera, os compromissos do dia seguinte, e confira tudo pela manhã antes de iniciar seu dia.
. tenha sempre à mão blocos e canetas para pequenos lembretes, anotações e listas.

No início você pode ter um pouco de dificuldade em seguir uma rotina, mas em pouco tempo isso se tornará um hábito que lhe trará conforto e segurança.

Terapêutica medicamentosa

Falar sobre uma terapêutica medicamentosa sempre causa polêmica, principalmente se a medicação tem a função de alterar de alguma maneira as funções cerebrais. (...) Mas, não podemos esquecer que o sofrimento humano não segue correntes filosóficas ou científicas, apenas busca uma sápida que contribua para o seu alívio.

Sob esse enfoque , o uso de medicamentos no transtorno do déficit de atenção pode e deve ser visto como uma ferramenta a mais na busca de uma melhor qualidade de vida.

Definir o que se deseja melhorar no comportamento vital de um TDA é essencial na escolha mais adequada de um medicamento.

Importante lembrar que a escolha do psiquiatra deve ser por um profissional que esteja familiarizado com o tratamento para pessoas TDAs, portanto aceite indicações de quem já se trata com um profissional que alcançou bons resultados com seus pacientes.

Psicoterapia

É preciso que a psicoterapia para casos de TDA seja diretiva, objetiva, estruturada e orientada a metas. Uma abordagem dotada dessas características é a chamada terapia cognitivo-comportamental (TCC).

Cabe ai terapeuta instituir uma relação de confiança e cooperação com o paciente, e juntos, estabelecerem as metas da terapia.

De uma maneira geral, o terapeuta TCC irá trabalhar com treino em solução de problemas, treino em habilidades sociais, relaxamento, estabelecimento de agendas de atividades rotineiras e de objetivos e reestruturação de formas de pensar e lidar com problemas que podem estar sendo prejudiciais. Aumentar o nível de tolerância à frustração, minimizar a típica ruminação ansiosa na qual os TDAs mergulham, entre outras.”

Hoje encerro o resumo de tópicos do livro “Mentes Inquietas” de Ana Beatriz Barbosa Silva, referente ao Transtorno do Deficit de Atenção/ Hiperatividade.

Boa semana. Adriana

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A vida Afetiva de pessoas com Transtorno de Deficit de atenção/ hiperatividade

TDA e vida afetiva


“A forma de amar dos TDA/H é influenciada pela tríade de sintomas que citei anteriormente, desatenção, impulsividade e hiperatividade, que varia de intensidade de uma hora para outra. Mas uma coisa é certa: em todos os casos sobra emoção e quase sempre falta razão. Nessas mentes inquietas parece que não existe qualquer espaço que seja para abrigar a velha e cansada amiga Razão. Eles tendem a sentir todas as emoções de modo muito mais intenso que a maioria sequer pode imaginar.

Os impulsos nos TDAs podem se apresentar de várias formas: por meio de explosões afetivas, no comer, falar, trabalhar, jogar, fazer sexo, comprar ou usar drogas. Seja qual a forma em que tais impulsos possam se manifestar, sempre trarão situações de desconfortos pessoais e grandes embaraços conjugais. Os atos impulsivos são geralmente interpretados como egoístas, narcisistas ou infantis, mas sabemos que TDAs agem assim em função de uma alteração neurobiológica, que também não esta sob seu controle.

De um modo geral, pessoas com funcionamento TDA tem dificuldades de se expressar devido a enxurrada de pensamentos que gera uma disparidade entre o seu modo de pensar e a sua maneira de se expressar. Muitas vezes, a rapidez de seus pensamentos o impede de falar o que é fundamental para se fazer compreender. Muitos adultos com TDA tenderão a se calar com medo de provocar conflitos e/ou tenderão a dizer tudo que lhes vem à cabeça com uma grande dose de agressividade.

Os TDAs tem uma tendência a dependências em geral. Essa dependência muitas vezes pode se manifestar em uso de drogas, álcool, medicamentos. Em tais casos, verifica-se que, quase sempre, o consumo de certas substâncias costuma ocorrer como conseqüência de um cérebro que busca, incessantemente se acalmar, se organizar ou mesmo manifestar de maneira mais efetiva ou estruturada, na relação consigo mesmo ou com os outros. É nesse aspecto do relacionar-se com os outros que se inicia, desde muito cedo, o desenvolvimento de relacionamentos que terão como tônica a dependência de pessoas.

Se lembrarmos que a hipersensibilidade e a hiperreatividade são características do comportamento TDA, podemos logo imaginar ou mesmo constatar o grande estrago que relações desse tipo podem causar. As relações de dependência de pessoas TDAs podem ser classificadas de três maneiras: dependência ativa, passiva ou mascarada.

A classificação se baseia na origem da formação emocional desses indivíduos, que começa na infância, pois é justamente aí que se inicia todo o alicerce de nossa estrutura interna. Alicerce que será o terreno sobre o qual nossa autoestima irá se assentar, seja para crescer saudável, seja para manter-se frágil e dependente de referências externas, que , por serem externas, estarão sempre sujeitas a variações imprevisíveis.”

Lembro que este texto é um resumo muito reduzido do capítulo de mesmo título (TDA e vida afetiva) encontrado no livro: Mentes Inquietas, de Ana Beatriz Barbosa Silva.

Na semana que vem abordo o tema sobre o tratamento para TDAs, sendo este o último texto da série.

Boa semana. Adriana

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

FELIZ 2012 !

Quero desejar a todos um 2012 de muita saúde, paz, amor e harmonia. Com isto todo o resto se resolve.

A partir da próxima semana darei continuidade aos esclarecimentos sobre o Transtorno de Deficit de Atenção/ Hiperatividade (TDA/H).

Boa semana. Adriana

 

Para ter suas perguntas respondidas

Quero esclarecer que é necessário enviar suas perguntas ao meu e mail, ababpsico@gmail.com, pois se você deixa as perguntas nos comentários não tenho a opção de responder, somente de publicar. E para mim  não há identificação do e-mail de quem mandou a pergunta. 

Peço desculpas aos que enviaram suas questões nos comentários e as mesmas não foram respondidas, favor enviar novamente que eu respondo.

Adriana