quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

"Criar filhos é apenas parte de um plano e não um projeto de vida"

Na sessão Família e filhos da Revista Claudia do mês de março de 2012, há um texto intitulado Aulas de francês de Rosane Queiroz que fala sobre a maneira de educar filhos das francesas segundo a jornalista americana Pamela Druckerman.


“A matéria relata principalmente maus hábitos infantis como jogar comida no chão ou recusar-se a alimentar-se, não querer dormir ou fazer birra. Coisas comuns entre as crianças, segundo a matéria, nos EUA e Brasil, pois as crianças européias recebem uma educação onde os pais não vivem em função das crianças nem as tratam como pequenos reis, eles não toleram birras, não negociam nem passam o fim de semana em parquinhos ou festas infantis, em resumo, educam, mas conseguem manter a vida adulta sem transformar seu mundo num playground.

“Para ser um tipo diferente de mãe, você precisa de uma visão diferente sobre o que uma criança realmente é.”(...)”criança é tratada como criança”.

A principal diferença é que na nossa cultura os pais se perdem em longas explicações desnecessárias aos filhos pequenos, para a psicopedagoga Ceres Alves de Araújo, até os 5 anos a criança nem sequer entende tantos argumentos, basta dizer ‘não’, e se houver réplica Ceres sugere a resposta: “porque sou sua mãe e sei o que é melhor”. É na adolescência que devemos esticar as conversas, pois é nesta fase que os filhos se tornam desobedientes.

Nas refeições, as francesas prezam horários fixos para as refeições sempre à mesa, são encorajadas a comer de tudo, pois lá não existe criar um cardápio diferenciado ou a hipótese de preparar outro prato porque naquele dia o pequeno não parecia o menu. “Os pais preparam as refeições com alimentos frescos. As crianças aprendem a respeitar o alimento”.

Quanto ao dormir, segundo Ceres “pais que se revezam no quarto do filho criam um condicionamento inadequado”, os pais franceses se permitem acreditar que o filho logo dormirá novamente, pode estar somente resmungando ou sonhando.

O texto diz que sob diversos aspectos os franceses esperam mais de uma criança, ainda que ela seja somente uma criança. Eles ainda devem aprender a esperar, seja em nome da paz doméstica, seja para evitar constrangimento social. Os pais se empenham em combater o caos criado pelo mundo infantil e preservar os direitos paternos. Ceres aprova e critica: “Aqui vibemos a era do ‘filiarcado’, em que os filhos reinam”.

Ensinar as crianças a lidar coma frustração é a regra máxima do livro French Children Don’t Throw

Food, ainda sem data para publicação no Brasil. Na abordagem francesa, os pais estabelecem uma ‘moldura’ de limites. A imagem sugere fixar regras , mas com certa liberdade dentro delas. Com a moldura definida, as necessidades dos adultos permanecem, ao menos, no mesmo nível que a das crianças. Criar filhos é apenas parte de um plano e não um projeto de vida.

E Pamela ensina: “Mesmo boas mães podem não viver a serviço constante das crianças, e não há razão para se culpar por isso”. “

Eu concordo em muitos pontos com a matéria até porque percebo e constato que muitas crianças são difíceis porque os pais não conseguem impor limites, quase sempre a criança mesmo de temperamento forte aceita, respeita e gosta dos limites, pois estes trazem segurança à ela.

Deixe suas experiências e dicas nos comentários.

Boa semana. Adriana

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