quarta-feira, 6 de abril de 2011

Considerações Finais sobre: Como lidar com pessoas difíceis

PALESTRA: COMO LIDAR COM PESSOAS DIFÍCEIS

DIA 03/05/11 ÀS 19:30 HS

LOCAL: AVENIDA ABILIO PEDRO RAMOS, Nº 266, JAÇANÃ

PALESTRANTE: ADRIANA BARRETO

VALOR: R$ 20,00

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÃO: 3485 8060 E 9295 6522

VAGAS LIMITADAS, RESERVE A SUA.


Considerações Finais: como lidar com pessoas difíceis.

Hoje, finalmente, é o último texto do resumo do livro de Paul Hauck, Como lidar com pessoas que te deixam louco.

Sei que o livro concentra nas características feias das pessoas, não nos méritos e que as orientações são para deixar de lado a gentileza e a paciência com essas pessoas difíceis, mesmo sabendo que muitos tem dificuldade em ser firmes com sua família, parceiros e amigos.

As pessoas costuma achar que se queremos cooperação, respeito e amor, devemos agradar às pessoas ao ponto de sentirem obrigadas a não poderem nos recusar nada. Não só isso, mas se formos excepcionalmente generosos, somos levados a supor que as pessoas nos serão tão gratas que não nos negarão nada.

Quem dera fosse assim! Não é que este método não funcione. Funciona. Mas as coisas operam dessa forma apenas com pessoas maduras e sem distúrbios. Quando lidamos com pessoas imaturas e perturbadas, os ideais sublimes não dão resultado. Essa foi a clara conclusão da psicologia moderna. Quando estamos lidando com indivíduos imaturos e que sofrem de algum distúrbio, pioramos a situação quando oferecemos a outra face.

Para conseguir isso devemos aceitar os três princípios da interação humana que explicam como resolvemos os problemas com as pessoas e as três regras da determinação, que explicam o que devemos fazer para corrigir esses problemas. Mas, se você perceber que tem alguma objeção a essas ideias deve descobrir quais são e afastá-las, ou será impossível conseguir efetuar alguma mudança.

Os três princípios da interação humana

1. Você recebe o comportamento que tolera.

2. Os outros não vão mudar a menos que você mude primeiro.

3. Controle a sua tolerância excessiva.

As tres regras da determinação

1. Se uma pessoa faz algo bom para você, faça algo bom para ela.

2. Se uma pessoa faz algo ruim para você e não percebeu que estava se comportando mal, converse com ela, mas só por duas vezes, em duas ocasiões.

3. Se uma pessoa não tiver consideração por você uma terceira vez, faça algo igualmente perturbador com ela, mas isso deve ser feito sem raiva, sem culpa, sem pena, sem medo de rejeição, sem medo de agressão física ou prejuízo financeiro. (como vimos no capítulo da semana passada).

Observações:

Quando retribuímos um incômodo com outro e fazemos isso com a intenção de ajudar o outro a corrigir um mau hábito sem consideração, então não podemos ver essa reação como boa ou ruim. Se nossos esforços acabarem com os hábitos ruins e também levarem a correção deles, então devemos ver o sofrimento causado como bom. Não é o ato em si que é moral ou imoral, é a intenção por trás do ato, machucar ou ajudar, que determina o que é moral e ético.

O que faz toda a diferença é que essas atitudes sejam tomadas sem raiva, ódio ou sentimento de vingança. Do contrário, a regra número três seria uma definição de agressão e não de determinação.

A comunicação nunca é eficaz se não falamos a língua de quem escuta.

Qual é o papel do amor e do perdão nesse esquema?

Tal abordagem costuma chocar as pessoas e pode parecer negligente, insensível e puramente maldosa. Mas aqueles que ficam avisando os outros sobre seus atos impensados e que nada fazem além de reclamar são os verdadeiros negligentes e insensíveis.

A maioria das pessoas acredita que mostra o quanto ama alguém pelo quanto faz por essa pessoa: “Se você realmente me ama, faça o que est0u pedindo” é como aprenderam a entender o amor. Chamo a atenção para o fato de que o amor maduro e duradouro também é demonstrado pelo que não fazemos pelos outros. Das as nossas caras-metades tudo que pedem é como dar a uma criança todas as balas que deseja. Pode levar a distúrbios físicos e emocionais. Está na hora de dar um basta na indulgência como forma de amor.

Quanto ao perdão, lembremos que: não existem pessoas boas ou más e sim comportamentos bons e ruins, portanto devemos perdoar todo mundo, por qualquer coisa. Ninguém é mau, mas passível de cometer erros. Frequentemente, somos lembrados de que somos pecadores, é claro que somos, senão teríamos de ser perfeitos.

Quando você se opõe ao comportamento de uma pessoa, mas não fica com raiva dela, isso é perdão. Só quando conseguimos evitar a raiva é possível perdoar. Isto quer dizer que perdoar não significa continuar dando a outra face nem tampouco significa continuar convivendo com a pessoa. Basta não sentir raiva. A maioria das pessoas confunde tolerância com perdão.

Acredito que somos todos responsáveis por nossos irmãos. Somos seres humanos tentando viver melhor da forma que podemos. Alguns de nós levam uma vida na boa, outros nem tanto. Alguns são civilizados, outros não. Não importa.

Quando lidamos com os DESEJOS mais profundos de alguém, ajudamos mais quando perdoamos e não esquecemos. Queremos amá-los com a condição de que conquistem nosso amor. Mas quando lidamos com as NECESSIDADES das pessoas, queremos perdoar e esquecer.

Viu a diferença? Vamos sempre distinguir essas duas formas de amor e aplicá-las com sabedoria. Talvez, como resultado, consigamos reduzir o número de fazedores de louco em nossas vidas, ou pelo menos tornar a convivência com eles menos difícil.

Boa semana. Adriana

Um comentário:

  1. Adriana, virei sua fã! Nunca vi um profissional de psicologia falar de forma tão clara, simples e objetiva a respeito do comportamento das pessoas e a forma saudável de ser. PArabéns!

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