quarta-feira, 30 de março de 2011

Como lidar com os Desleixados, Maníacos por limpeza e Malas

Hoje é o penúltimo texto resumido do livro “como lidar com pessoas que te deixam louco” de Paul Hauck.


Os Desleixados, Os Maníacos por limpeza e os Malas.

Os desleixados e os maníacos por limpeza são tipos opostos e não vamos defender nenhum dos dois comportamentos até porque é perfeitamente possível viver feliz e criar uma família saudável sendo desorganizado ou perfeccionista, mas os problemas começam quando um é desleixado e o outro maníaco por limpeza.

Já os malas não se consideram como tal, mas costumam ser aqueles que reclamam do parceiro, ficam dando ordens desde que roupa usar até com quem saem; os que se acham ‘the best’ e contam suas exageradas proezas; os que gostam de irritar quem está dirigindo, cozinhando, trabalhando não os deixando fazer a tarefa do modo como estão acostumados; os muito pessimistas; pessoas que abusam da bebida; os descontentes; os que respondem uma pergunta com outra; os que tentam impor seus pontos de vista religiosos, políticos e esportivos a amigos e familiares. Ou seja, a lista é imensa e os problemas que parecem não ser nada mais do que irritação, na verdade são uma neurose, e os neuróticos se comportam como neuróticos.

Para que você consiga lidar com um neurótico, que são todos os tipos citados desde o primeiro texto e vamos chamá-los assim porque são pessoas que não são estúpidas, mas agem de forma estúpida. Então é preciso evitar algumas situações, que são: a culpa, sentir pena dos outros, medo da rejeição, medo de agressão física ou medo de prejuízo financeiro e a raiva.

Vamos começar pela raiva.

Existem quatro crenças que todos temos quando estamos com raiva, a primeira é que coisas ou pessoas deixaram você com raiva, a verdade é que você causou a sua raiva com pensamentos amargos e estes dominam seu corpo. Se você se treinar para questionar a ideia de que pessoas ou acontecimentos deixam você furioso e parar de pensar dessa forma, a raiva vai passar. Não é fácil de fazer, mas simples de entender.

O segundo erro é acreditar que se desejamos algo temos que tê-lo. Quando transforma desejos saudáveis em exigências neuróticas você acaba gerando a raiva dentro de você. Deixe de fazer exigências, principalmente quanto ao modo como os outros tem que se comportar, e deixará de se enfurecer ou se irritar.

O terceiro erro de quem está enfurecido é acreditar que quando alguém faz alguma coisa má, significa que ela é má. Pessoas fazem coisas negativas porque são deficientes, ignorantes ou perturbadas, não porque são más. Precisamos separar a classificação das pessoas da classificação dos comportamentos. Mas, isso não significa que só porque perdoamos as pessoas por nos fazerem algum mal, vamos ignorar seus abusos.

O último erro dos enfurecidos é acreditar que ser duro e cruel transforma pessoas más em boas. Isso faz com que odeiem ainda mais aqueles que as acusam, além de fazê-las muito menos dispostas a mudar.

A culpa

Se quiser confrontar um fazedor de louco e conseguir que ele respeite você, é essencial que não se sinta culpado quando deliberadamente resistir a ele. Enfrentar aqueles que nos enlouquecem é saudável para eles e para todo mundo. Lembre-se de que como não existem pessoas boas ou más e somente comportamentos bons ou maus, você logicamente não pode se sentir culpado. Você é humano, portanto imperfeito. Então, aprenda com seus erros, garanta que os outros tratem você com dignidade e não se sinta culpado por isso ou vai acabar recompensado com um comportamento ruim.

Sentir pena dos outros

Quando você fica firme e se recusa a deixar que seu parceiro ou filho imaturo conduza a sua vida com egoísmo, certamente vai receber lágrimas, gritos de ódio e acusações de injustiça. Eles fazem isso na esperança de que você se sinta culpado e tenha pena deles. Quando perceber este grau de perturbação naqueles que são próximos a você e que precisam de rédeas, fique feliz. É melhor que eles aprendam a dar valor ao que tem e deixarem de ser tão egocêntricos. Frustrá-los para conseguir trazê-los para a realidade é exatamente o seu objetivo.

Medo da rejeição

A rejeição não machuca, é inofensiva. Todos nós passamos por isso várias vezes ao longo da vida e conseguimos superar muito bem na maioria dos casos. Se você aprender a ignorar a rejeição que leva ao ponto de ficar imobilizado, está condenado a ser escravo das exigências dos outros. O seu medo de que pensem mal de você o enfraquecerá e fará com que continue se submetendo sempre.

Medo da agressão física ou prejuízo financeiro

Não faz sentido ter medo de ser rejeitado, mas faz muito sentido temer pela segurança física e financeira. Quando uma pessoa enfrenta uma dessas ameaças é perfeitamente racional que não resista. Aconselho que elas tolerem estes fazedores de loucos até que a ameaça passe ou que possam fugir.

Mas, é possível viver com todos os tipos de personalidades estranhas, você só precisa repetir para si mesmo algumas coisas sensatas como:

1. As coisas não precisam ser do seu jeito.

2. Mesmo se você não conseguir o que deseja, não é o fim do mundo.

3. Cedendo ao seu parceiro desleixado ou maníaco por limpeza, você pode acabar conhecendo comportamentos dos quais pode gostar, nunca se sabe!

Observe estes dois conselhos:

Primeiro: não espere que as pessoas façam o que ainda não conseguem. Tolere o que não pode mudar; é mais fácil do que dar murro em ponta de faca. Lembre-se de que nada aborrece você a menos que você permita.

Segundo: não leve os hábitos irritantes dos outros para o lado pessoal. Ignore o comportamento deles com elegância e siga adiante com a sua vida com serenidade. Aceite que existem pessoas excêntricas, cuide da sua vida e deixe que estraguem a delas se não querem escutar os seus conselhos.

Na próxima semana farei o resumo das considerações finais do livro e certamente há mais informações úteis para lidar com pessoas difíceis.

Boa semana. Adriana

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