sábado, 9 de maio de 2015

                                              SER OU NÃO SER MÃE 

Hoje vou comentar sobre as mães, o dia de comemorar o dia delas é amanhã e por isso notei como as pessoas são preconceituosas com as mulheres que não tem filhos, seja por infertilidade ou por escolha. Quando é por infertilidade a mulher é vista como coitada e quando é por escolha é vista por um misto de incompreensão, indignação, taxada como sem coração, egoísta e outros adjetivos negativos.
Então eu pensei que mesmo a maternidade sendo da natureza feminina ela é antes de tudo uma escolha. Assim como a maternidade existem outras características naturais do ser humano que ele não coloca em prática e se escolhesse poderia desenvolvê-las como a bondade, por exemplo, o ser humano nasce bom, mas pode escolher não sê-lo.
Lembrei também de tantas mulheres que tem filhos, mas não tem vocação para ser mãe, porque não cuidam corretamente, não tem paciência quando precisa, deixam a criança em casa sozinha ou sob o cuidado de terceiros, enfim tem filhos porque ‘todo mundo tem’ e não porque realmente queria, na verdade, parece que queria para não ser ‘excluída’.
Tem mães que tem filhos ‘sem querer’ e eles pagam por não terem sido planejados, não entendo o que a criança tem com isso, ela não obrigou a mãe a se envolver e se relacionar com o homem que é o seu pai. Tem também as mães que não queriam, mas gostaram da ideia e conseguem ser boas mães. Encontramos vários ‘tipos’ de mãe, mas não é isso que eu quero discutir, mas a questão da vocação para ser mãe.
Toda vocação envolve uma escolha, o direito de escolha que todo ser humano tem, porque mesmo sendo natural do corpo, muitas vezes não é natural no emocional ou na vida prática de toda mulher exercer o papel de mãe, e como em toda função que não envolve vocação temos pessoas incompetentes, mal resolvidas, estressadas e até infelizes, talvez arrependidas e por isso sentem-se culpadas.             
Tem mulheres que tem vocação e não sabem, a cobrança por ser uma mãe ‘suficientemente boa’ é tão grande que algumas pensam que não vão conseguir e adiam ou desistem.
Para ser mãe basta ter condições físicas, mas ser boa mãe é necessário vontade, empenho, dedicação, condição financeira, cuidados com a saúde, bom relacionamento com o pai da criança, qualidade de tempo que dedica a criança, atenção aos estudos e as amizades, lugares que freqüenta e atividades que faz, no mínimo.
Além disso tudo, é importante que a mãe tenha vida própria, bons relacionamentos, bom emprego, boa saúde física e psíquica para que possa criar uma pessoa adaptada ao mundo.
Não falo isso para desmerecer nenhuma mãe, porque o esforço não é pequeno mesmo quando não é  bom, mas falo isso para que deixem de olhar torto para as mulheres que assumem e tem coragem de dizer que não querem filhos.
Uma criança altera a vida de qualquer pessoa consciente da importância de um ser humano. Não é uma escolha simples como comprar um carro, mudar de cidade ou trocar de emprego; porque é, talvez a única escolha que não dá para voltar atrás sem cometer algo triste (aborto ou deixar para adoção ou ainda deixar com alguém e nem visitar), também não é algo que possa desistir ou deixar para lá depois que assumiu ter a criança.
Então hoje quero chamar a atenção para as escolhas que fazemos e que envolve a vida de outro ser humano, o filho é outra pessoa e não uma extensão de nós mesmos, é preciso ter consciência que não basta vontade, mas também não exige perfeição.  
PS: outro dia falo das dificuldades de ser boa mãe e os sentimentos bons e ruins resultantes desta escolha.  
FELIZ DIA DAS MÃES
Boa semana.
Adriana   

        

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